quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Odebrecht, Bertolini e Cianport realizam Audiência Pública para obtenção de licença ambiental.

Foi realizada ontem (04), no distrito de Campo Verde, a Audiência Pública de apresentação do Relatório de Impacto Ambiental da construção dos terminais de transbordo de cargas das empresas CIANPORT, ODEBRECHT e BERTOLINI.


A audiência foi presidida pelo Secretario Estadual de Meio Ambiente, Dr. Luiz Fernandes Rocha e contou com a presença dos promotores de justiça de Itaituba; João Batista Cavaleiro de Macedo Junior e de Rurópolis, Elaine Nayde; prefeitos de Itaituba, Eliene Nunes e de Rurópolis, Pablo Genuíno, além de vereadores dos municípios de Itaituba e Rurópolis e representantes de entidades governamentais e não governamentais.



Os representantes das empresas fizeram a apresentação dos relatórios de cada projeto.  A CIANPORT vai gerar na fase de construção desta ETC em torno de 360 empregos e na fase de operação o numero de emprego estimado é 60 empregos. Já a ODEBRECHT vai gerar na fase de construção do seu porto 250 empregos e na fase de operação em torno de 210 empregos. A BERTOLINI, segundo o relatório apresentado, na fase de construção vai gerar em torno de 200 empregos e na fase de operação 100 empregos.

Em seguida, os presentes fizeram suas exposições, quando reivindicaram investimentos dos empreendedores para as comunidades de Campo Verde, São Raimundo e Santarenzinho. As principais reivindicações foram pavimentação das ruas da vila, delegacia de policia,  feira do produtor, campo de futebol, praça, sinalização nas ruas e outras.

Falando aos presentes, o Vereador João Paulo Meister (PT) evidenciou as demandas na zona rural, enfatizando que os Projetos de Assentamentos de Itaituba  têm dificuldades em obter o licenciamento ambiental, e a demora para os planos de Manejo dura em média cinco anos, levando os produtores a trabalharem na clandestinidade. Já os grandes empreendimentos obtém licença ambiental com agilidade, fato que não acontece com os produtores agrícolas, pois, a maioria deles está há mais de dez anos lutando para conseguir tal licença. Nesta audiência, representantes do Ministério Público destacaram que 40% dos projetos de Assentamentos não têm licença ambiental, fato este que exige reflexão, equidade e isonomia dos órgãos competentes.


João Paulo reivindicou das empresas uma interlocução com o município de Itaituba para atender as demandas locais nas áreas essenciais, como, por exemplo, segurança, saúde e infraestrutura, dando, portanto, retorno social ao município. Na questão social, ressaltou os mecanismos que podem gerar  e fortalecer a cadeia produtiva dos grãos, beneficiando diversos setores, como, por exemplo, a pecuária e criação de outros animais para consumo com a produção de farelos de soja.