Foi realizada ontem (04), no distrito de
Campo Verde, a Audiência Pública de apresentação do Relatório de Impacto
Ambiental da construção dos terminais de transbordo de cargas das empresas
CIANPORT, ODEBRECHT e BERTOLINI.
A audiência foi presidida pelo Secretario
Estadual de Meio Ambiente, Dr. Luiz Fernandes Rocha e contou com a presença dos
promotores de justiça de Itaituba; João Batista Cavaleiro de Macedo Junior e de
Rurópolis, Elaine Nayde; prefeitos de Itaituba, Eliene Nunes e de Rurópolis, Pablo
Genuíno, além de vereadores dos municípios de Itaituba e Rurópolis e
representantes de entidades governamentais e não governamentais.
Os representantes das empresas fizeram a
apresentação dos relatórios de cada projeto.
A CIANPORT vai gerar na fase de construção desta ETC em torno de 360
empregos e na fase de operação o numero de emprego estimado é 60 empregos. Já a
ODEBRECHT vai gerar na fase de construção do seu porto 250 empregos e na fase
de operação em torno de 210 empregos. A BERTOLINI, segundo o relatório
apresentado, na fase de construção vai gerar em torno de 200 empregos e na fase
de operação 100 empregos.
Em seguida, os presentes fizeram suas
exposições, quando reivindicaram investimentos dos empreendedores para as
comunidades de Campo Verde, São Raimundo e Santarenzinho. As principais reivindicações
foram pavimentação das ruas da vila, delegacia de policia, feira do produtor, campo de futebol, praça,
sinalização nas ruas e outras.
Falando aos presentes, o Vereador João Paulo
Meister (PT) evidenciou as demandas na zona rural, enfatizando que os Projetos de
Assentamentos de Itaituba têm
dificuldades em obter o licenciamento ambiental, e a demora para os planos de
Manejo dura em média cinco anos, levando os
produtores a trabalharem na clandestinidade. Já os grandes empreendimentos
obtém licença ambiental com agilidade, fato que não acontece com os produtores
agrícolas, pois, a maioria deles está há mais de dez anos lutando para
conseguir tal licença. Nesta audiência, representantes do Ministério Público
destacaram que 40% dos projetos de Assentamentos não têm licença ambiental,
fato este que exige reflexão, equidade e isonomia dos órgãos competentes.
João Paulo reivindicou das empresas uma
interlocução com o município de Itaituba para atender as demandas locais nas
áreas essenciais, como, por exemplo, segurança, saúde e infraestrutura, dando,
portanto, retorno social ao município. Na questão social, ressaltou os
mecanismos que podem gerar e fortalecer a
cadeia produtiva dos grãos, beneficiando diversos setores, como, por exemplo, a
pecuária e criação de outros animais para consumo com a produção de farelos de
soja.