Nesta semana participei em Campo Verde de uma
reunião com moradores, onde foram
evidenciadas melhorias para o distrito e
o planejamento de uma manifestação com interdição da BR 163 e BR 230. O distrito de Miritituba
já manifestou apoio e vai participar do movimento, bem como, as comunidades de
Pimental e de Periquitos também conformaram participação.
Além da pauta da BR 163 que pleiteia asfaltamento
em frente ao distrito de Campo Verde, entrou em pauta também a construção das pontes dos kms 17 e 25, bem
como, a questão da regularização fundiária, telefonia móvel, iluminação pública
e investimentos em saúde e educação.
Jurandir Alves é vice-presidente da
Associação e também integra a Comissão Pastoral da Terra. Ele lembra que, quando
os grandes projetos começaram a ser discutidas, foram realizadas audiências
públicas e anunciadas compensações e benefícios sociais para as comunidades da
área de influência dos empreendimentos. Mas, até agora, essas promessas
permanecem apenas na teoria, nada de prática.
O distrito depende de Itaituba praticamente
em todas as áreas do serviço público.
Agora, as famílias querem ter mais assistência, buscar alternativas de
crescimento, e quebrar essa dependência.
O distrito de Campo Verde está localizado a
30 quilômetros do porto de Miritituba, em Itaituba, e é considerado uma das
maiores comunidades rurais do município, concentrando cerca de cinco mil e
quinhentos habitantes. Nos últimos anos, o distrito começou a crescer de forma
acelerada, mas também desorganizada. Foi por causa dos terminais de cargas,
instalados na zona portuária de Miritituba.
Empresas foram instaladas aqui, mas a
infraestrutura nunca recebeu nenhum tipo de compensação. Muito pelo contrário,
está até mais danificada. Por causa disso, os moradores se uniram em uma
associação e decidiram fazer um grande protesto, que já tem até data para ser
iniciado.
É em Campo Verde que está localizado o
entroncamento das rodovias BR-230 (Transamazônica) e BR-163 (Santarém-Cuiabá).
É um importante elo rodoviário entre os estados do Amazonas, Pará e Matogrosso.
É também ponto vital para o escoamento de grãos do Norte Matogrossense. É
exatamente essa condição geográfica que será utilizada como estratégia para o
protesto, que já tem até data para ser deflagrado: 08 de Setembro.