Os jovens do meio rural terão, a partir deste
ano, 5% dos lotes da reforma agrária em todo o Brasil. Com isso, o governo
espera assegurar, nos assentamentos com vinte lotes ou mais, a permanência (ou
o retorno ao campo) de jovens trabalhadores rurais solteiros até 29 anos,
residentes ou com origem no meio rural.
Segundo o presidente do Instituto de
Colonização e Reforma Agrária, Carlos Guedes, a medida, estabelecida em
portaria do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, é inédita, já que
estimula o fortalecimento dos laços familiares e a manutenção dessas
comunidades no campo.
A portaria também trata da “sucessão rural”,
e vai beneficiar jovens cujos pais tenham dois ou mais filhos e que sejam
assentados ou agricultores familiares, como prioritários no assentamento em
lotes vagos em decorrência de desistência, abandono ou retomada, localizados em
projetos de assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra).
Os jovens camponeses reivindicaram mais
escolas no meio rural, já que muitos precisam percorrer quilômetros para
estudar nos centros urbanos. De acordo com a secretária de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (Secadi/MEC),
Macaé Maria Evaristo, o governo vai reforçar a formação de professores para
atuar na escola do campo. Segundo a secretária, esse é um dos grandes desafios
do MEC. Quarenta e três universidades do país vão oferecer licenciatura em
educação do campo e formar 4 mil professores para atuação nos anos finais do
ensino fundamental e ensino médio.
(Agência Brasil)