No espaço regional, Itaituba é um dos
municípios com potencial para ter os mecanismos que possam gerar crescimento
econômico e desenvolvimento social. No entanto, somos meros coadjuvantes na
configuração política e econômica do Estado do Pará.
A impressão é que estamos relegados à
condição de cidadãos de segunda categoria, alijados do desenvolvimento humano e
social. Vemos todos os dias as mídias de publicidade institucional mostrando
obras e serviços, mas em outras regiões, como, por exemplo, a Região
Metropolitana de Belém e o Sul do Estado.
Nós também somos Paraenses e não aceitamos
mais as sobras de orçamentos ou as migalhas que nos doam e que não funcionam
nem como paliativo para as nossas demandas públicas. Não é possível que o braço do governo não nos
alcance. Não alcança porque não estende a mão.
Falta vontade política! Faltam acima de tudo,
igualdade e respeito na repartição dos recursos públicos. Só nos dão as sobras.
O Estado subestima a importância do nosso
município no cenário regional. Não somos coadjuvantes. Somos protagonistas da nossa
história de lutas. O Estado é ausente.
Não se mostra como deveria, ou seja, com obras e serviços em prol do nosso
povo. Qual é a obra significativa do governo do Estado no município de
Itaituba? O Hospital Regional onde o projeto ainda não saiu do papel? O IML que
ainda não foi inaugurado? A UEPA não está aqui. O que temos do Estado?
Temos a Emater que não tem base física, e
cuja construção está tomada pelo matagal; Temos a COSANPA fornecendo água de
péssima qualidade para menos de 20% da população, e uma água que coloca em
risco a saúde dos consumidores; Temos uma representação da SAGRI que não atua
como deveria por falta de uma logística eficiente dando condições de trabalho
para seus técnicos.
E as Escolas do Estado? Essas escolas nos envergonham. São
estabelecimento de ensino público que não recebem atenção como deveria da SEDUC
e da Secretaria de Obras do Estado. Me refiro às Escolas de Ensino Médio Maria
do Socorro Jacob, Maria Cerqueira Escócio e Benedito Correa de Sousa.
Esses estabelecimentos só funcionam graças à
competência de seus diretores, mães e alunos que realizam eventos para
arrecadar dinheiro para a manutenção do ar condicionado, material de higiene e
de limpeza. A mesma situação vive a
ETAPA.
No ano de 2009, essa instituição recebeu 189
mil do Governo do Estado quando tinha menos de 300 alunos, e hoje em 2013 com
uma clientela de mais de 700 alunos, recebeu apenas 40 Mil Reais. Para minimizar a situação, alunos e
professores têm que realizar bingos e feijoadas para angariar fundos e comprar
também material de limpeza e de higiene. E ainda tem outra situação: a escola
não tem funcionário para fazer a merenda. É lamentável essa situação.
Em breve o governador Simão Jatene estará
visitando nosso município. Espero o mesmo anuncie de Boas Novas. Espero que o
traga de fato ações e serviços concretos para atender nossas demandas!
Espero que o Mercado Municipal seja
revitalizado, que o prédio da Emater seja concluído, que a reforma do Terminal
Hidroviário seja terminada, e que as Escolas de Ensino Médio sejam ampliadas e
reformadas e que se contrate pessoal de apoio. Espero também ASFALTO para pavimentar nossas
ruas, pois, sem dúvida, a falta desse serviço é o nosso grande gargalo.
Espero sinceramente que a mão do governo nos
alcance como cidadãos de primeira categoria!